segunda-feira, 28 de maio de 2012
NUM ABRIR E FECHAR DE OLHOS
NUM ABRIR E FECHAR DE
OLHOS
E muitas coisas passarão, mas nem todas ficarão para trás...
A Bíblia Sagrada é a
Fonte viva, infalível, inerrante e inesgotável das revelações do Senhor Deus
para o homem. Toda e cada expressão nela revelam detalhes suficientes para que através
deles possamos alcançar o entendimento da nossa história, das coisas do mundo
físico e dos limiares do espiritual, da majestosa e soberana vontade do Deus
Criador e Onipotente.
Na Bíblia Sagrada há
expressões que apenas falam do passado e existem outras que somente apontam
para o futuro. Todavia uma das mais lindas, exclusivas e extraordinárias propriedades
dela é a de possuir expressões que falando do passado, está mostrando ou
instruindo o presente e ao mesmo tempo apontando para as coisas futuras. A Palavra de Deus é viva e eficaz. Hb
4.12. E por ser assim, em si mesma é
dinâmica e dinamiza a vida.
A nenhuma das expressões
registradas no Sagrado Livro do Eterno Deus devemos considerar por somenos
importante. Coisa alguma na Bíblia Sagrada é de somenos importância e nela
coisa alguma é desprezível. Tudo na Bíblia Sagrada deve ser por nós apreciado,
conhecido, meditado e respeitado. E todo e qualquer conselho do Deus da Bíblia
Sagrada deve ser por nós prontamente recebido, com presteza observado, sublimemente
amado e fervorosamente buscado e seguido.
E dentre as
extraordinárias expressões na Bíblia Sagrada que apontam exclusiva e
diretamente para o futuro, está a registrada na Primeira Carta de Paulo aos
Coríntios 15.52: “Num abrir e fechar de olhos”. Algumas traduções para o mesmo
sentido empregam também a “Num piscar de olhos”.
Esta expressão traduz
com exatidão, propriedade e solidez a “ριπή όφθαλμου” (rhipe ophitalmo) do texto
original grego. Esta expressão diz respeito a um movimento rápido dos olhos. No
texto grego original, e como uma explicação ilustrativa a fim de que possamos
alcançar a idéia prática de fração de tempo neste movimento, ela sucede à
expressão “έν άτόμω” (en átomo) que quer dizer “num
instante”, “num momento indivisível”.
Por si somente, o
termo grego “ριπή” (rhipe) acima, fala de um movimento
tão rápido como o do levantar relâmpago de uma chama, o do sopro rápido de um
vento, o do lançamento ligeiro de um dardo.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos”. Esta pequena frase hoje nos faz enxergar o grande divisor de
coisas que acontecerão unica e singularmente num amanhã. Este pequeno detalhe
hoje nos deixa alcançar a idéia do grande e esperado acontecimento futuro. Esta
pequena expressão está continuamente nos despertando para um grande alerta. Este
pequeno aviso está chamando a nossa atenção para grandes exigências, mas também
para enormes riscos.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer nos declarar um futuro de ressurreição para mortos e uma
surpresa iminente e irretroativa para vivos. Quer também nos fazer atentos para
modos e implicações. Quer nos dizer de uma forte e irresistível mudança
instantânea de coisas. Quer nos falar de um novo e inigualável dia depois de
toda uma velha e fatigante história de experiências, provações e esperança. Quer
nos acender o íntimo para a resposta final e infalível de revestimento,
incorruptibilidade e transformação. Mas também por outro lado quer nos dizer
que muita coisa vai passar, mas também que nem todas ficarão esquecidas para
trás.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão todas as
nossas noites históricas de choros e todas as nossas manhãs declarativas de
alegrias terrenas, mas também quer nos falar que não ficarão para trás e
esquecidos a nobreza e o afinco expressos nos frutos por nós produzidos nos
nossos tempos de vida e combates guardando a fé. Passarão todas as nossas tristezas
assombrosas e todas as nossas dores e aflições angustiantes, mas também não
ficarão para trás e esquecidos a firmeza e o esforço por nós mantidos nos
nossos serviços e tarefas para o Senhor.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão todos os
nossos infortúnios e sucessos, perdas e ganhos, discórdias e demandas, disputas
e pelejas, prejuízos e lucros terrenos, mas também quer nos declarar que não
ficarão para trás e esquecidos a recompensa e o penhor de tudo realizado por
nós. Não ficarão para trás injustiças não reparadas e não serão esquecidos
erros encobertos e não tratados.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão todas as
nossas oportunidades de acertos e todas as nossas chances de consertos, mas
também não ficarão para trás todas as incidências atinentes a eles. Passarão todos
os nossos interesses pelos bens e patrimônios e todos os nossos créditos e
débitos, mas também não ficarão para trás e esquecidos a avaliação da nossa
administração e das nossas probidade e lisura relativas a ligação do seu emprego
em nossa missão terrena.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão todos os
nossos privilégios, honrarias e todos os nossos direitos e deveres terrenos,
mas também não ficarão para trás e esquecidos o que deles, por eles e com eles
tratamos e realizamos em favor da obra de Deus.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão todos os
panos da soberba, todos os tecidos da arrogância e todas as texturas da
hipocrisia, mas também não ficarão para trás e esquecidos os pesos e medidas
para cada desmando cometido, para cada falsidade impetrada, para cada
prevaricação arquitetada, para cada leviandade contumaz, para cada ganância
consumada. Nenhum feito e seus objetivos visados, nenhuma posição e status
conquistados e nenhum título e fama adquiridos ficarão para trás, isentos e
alheios às considerações e julgamento do Eterno.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão todas as
mentalidades mesquinhas e medíocres. Mas também quer nos falar que não ficarão
para trás e esquecidas as agruras e as lágrimas que promoveram e os entraves e
deméritos que motivaram.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão grandes e
pequenos, senhores e servos, ilustres e reles, ricos e pobres, líderes e
liderados, maridos e esposas, ativos e inertes, construções e esboços, pais e
filhos, parentes e parentelas, mas também quer nos falar que nem todos ficarão
para trás e esquecidos, que nem todos serão deixados no moinho e nem todos
permanecerão deitados juntos aos seus afins de mesmo leito.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente passarão ajuntamentos
e uniões, cessarão ausências, romperão contratos, ofuscarão brindes, tornarão
brilhos insignificantes, cairão desvalores de sobre o que o mantinha. Mas
também quer nos falar que nem toda unanimidade, nem toda cumplicidade, nem todo
acordo, ficarão para trás e esquecidos. Quer nos falar que por um lado enquanto
haverá o júbilo de uniões, por outro incidirá profunda tristeza de separações.
“Num momento, num abrir e fechar
de olhos” quer também nos dizer que num de repente, brilhos serão
apagados, perspectivas se esvairão, orgulhos serão abatidos, paixões se
esfriarão, significâncias serão desprezadas, paladares perderão a ânsia aos
sabores, satisfações perderão a graça, pleitos perderão o sentido e tronos
perderão o ímpeto do poder. Mas também quer nos falar que não ficarão para trás
e esquecidos a visão clara do novo fulgor, a percepção ilimitada da nova
dimensão, a realidade do novo e perene sentimento legitimamente verdadeiro de
adoração e a demonstração do novo e sincero louvor de gratidão.
A expressão “Num
momento, num abrir e fechar de olhos” está diariamente batendo em
nossas portas, acompanhando os nossos negócios, observando os nossos
empreendimentos, contemplando os nossos relacionamentos, olhando para as nossas
atividades, falando ao nosso coração de várias maneiras e através de diversas e
diferentes vozes. Com gritos ou silenciosamente, ela está nos alertando, e com
rogos ou solicitamente, ela está nos aconselhando.
Que nenhum de nós
embruteça o coração, ou subestime a Palavra de Deus. Que nenhum de nós se faça
insensível para com os pontos escatológicos e proféticos conseqüentes da
expressão “Num momento, num abrir e fechar de olhos”. Que de toda a boa
consciência, de toda a deliberada vontade e de todo o coração voluntário jamais
venhamos cair na obscuridade das ilusões terrenas ou permitir que nossos
entendimentos se tornem cegos a ponto de nos achar em falsos direitos
conflitantes com a Palavra de Deus.
Lembremos a todo instante
que virá um momento indivisível no qual semelhante ao movimento rápido do
piscar de olhos tudo ganhará um outro panorama e muitas coisas ficarão para
trás. E não podemos pensar em possibilidade de remédios e remediações supostos ou
sugeridos para aquele momento escatológico. Cuidemos de nós mesmos ainda nesse instante
para que sejamos achados dignos quando chegar aquele “Num momento, num abrir e fechar
de olhos”, escrito em 1Co 15.52.
PbGS
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